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labrys, estudos feministas,
études féministes
agôsto/ dezembro 2004- août / décembre 2004
número 6
Protagonistas lésbicas: a
escrita de Cassandra Rios
sob a censura dos
anos de chumbo
Lúcia Facco e Maria Isabel de Castro Lima
Abstract
Lesbian protagonists: Cassandra Rios´s
work under the censorship of the military government in Brazil
The aim of this work is to discuss the work of Cassandra Rios as a pioneer
in the representation of the lesbian thematic in Brazilian literature.
Cassandra Rios (1932-2002) was a great success in a period of serious
political turbulence in Brazil, under severe censorship, from the 50´s
to the 80´s. The writer had almost all her books banned and was prosecuted
and arrested for several times for writing about issues regarded as “pornographic”.
Cassandra Rios was the first woman writer to expose in her works lesbian
protagonists, who discuss their position as social beings and their relation
to their sexual identity, as we want to show through the study of the
representation of two of such women protagonists, Flávia in Eu sou uma
lésbica (I am a lesbian), and Débora in Tessa, a gata
(Tessa, the pussycat). In spite of her success, Cassandra was totally
ignored by intellectuality. Homophobia? Sexism? Ideological control?
Odete Rios publicou seu primeiro livro,
A Volúpia do Pecado, em 1948, utilizando
o nome artístico de Cassandra Rios, com apenas 16 anos de idade. Neste
livro ela apresentou vários temas, sendo um deles cenas de sexo entre
duas mulheres. Começou a fazer sucesso no início dos
anos 50. A narrativa de Cassandra, forte, excitante, extremamente ousada
ainda pelos critérios de hoje, causou sensação e escândalo na época
em que seus livros foram publicados. Apesar de terem alcançado um enorme
sucesso de vendas foram, pouco a pouco, desaparecendo do mercado. Isto
se deve ao fato dela ter ousado ir
de encontro às convenções hetero-patriarcais, segundo as quais a voz do
discurso era sempre a masculina e a heterossexualidade
compulsória. A justificativa dada ao público para que
Cassandra fosse silenciada e condenada a uma espécie de ostracismo foi
que ela era uma “escritora pornográfica e de “baixo calão”.” (Santos,
2003:4). Porém, essa “desculpa” cai por terra no momento
em que sabemos que Odete Rios, ao ter seus romances
censurados, a fim de não parar de escrever,
adotou outros dois pseudônimos: Clarence Rivier e Oliver
Rivers, e com eles passou a produzir “romances “fortes”
porém com tramas envolvendo casais hetero.” (Moraes e Lapeiz, 1984:89).
Estes romances, tão escandalosos quanto os outros, passam incólumes pela
censura e têm grande sucesso de vendagem.
A autora escreveu sobre temas não abordados anteriormente
por outras escritoras brasileiras com uma aparente superficialidade que
permitiu sua leitura e compreensão pelos leitores, desde os mais exigentes
até os mais simples. Seu estilo chega, muitas vezes, ao simplório, ao
chulo. E simples e fluido porque a voz do brasileiro
é simples e fluida e é essa a voz que ela busca representar
em suas obras.
Por conta dessa “simplicidade” formal
Cassandra Rios foi uma figura polêmica. Esteve sempre no meio das celeumas
a respeito de baixa literatura, alta literatura,
erotismo ou pornografia. Alguns a classificaram
como homofóbica, outros como a “Papisa do homossexualismo”.
Na década de 60, logo após o Golpe Militar
vemos o seguinte quadro na produção cultural: os textos
produzidos por intelectuais dialogam apenas com os próprios intelectuais,
restando “a cultura de protesto uma “espécie de “diálogo de comadres”
(Moraes e Lapeiz, 1984:14). O governo militar inseriu
o país no contexto da indústria cultural, incentivando fortemente a produção
de arte de baixa qualidade, erroneamente interpretada
como “popular”, oferecendo às massas a diversão barata da televisão, com
programas de auditório, pornochanchadas e telenovelas, amortecendo, dessa
forma, a consciência do povo. Enquanto os intelectuais
denunciavam e protestavam contra os desmandos do governo militar,
o público assistia passivamente aos programas de televisão.
Nesse ambiente desencontrado surge o Tropicalismo [1],
movimento cultural hostilizado pelos militantes de esquerda da época,
os quais se insurgiam contra as guitarras, contra os ritmos estrangeiros,
e,
Inconscientemente, contra a linguagem do espetáculo,
utilizada pelo governo e capaz de roubar
espectadores de comícios e encenações de protesto. Fingindo ignorá-la,
a arte de protesto falava no vazio. Com o Tropicalismo,
ao contrário, a crítica à indústria cultural e às imagens arcaizantes
e desenvolvimentistas do país se dá no espetáculo, vira
espetáculo. Ao invés de apenas receber
o mundo “numa pequena vitrine de plástico transparente”
(...) tratava-se de se apropriar da vitrine.
Apropriação da qual participaria, primeiro
envergonhada, depois com certa desenvoltura, nossa esquerda tão avessa
à televisão à época. Basta lembrar
os festivais de música popular e as participações de Geraldo Vandré ou
Sérgio Ricardo ou, mais tarde, o trabalho teledramatúrgico
de Oduvaldo Vianna Filho e Dias Gomes na TV Globo (Moraes e Lapeiz, 1984:14-15).
Há patrulhamento ideológico tanto de esquerda, quanto
de direita. O movimento Tropicalista provoca discussões a respeito do
“nacionalismo”, que vai ser o primeiro
pomo de discórdia entre a classe artística brasileira
no início da ditadura militar (Moraes e Lapeiz, 1984:
28).
Enquanto desenrolam-se as querelas entre os intelectuais,
Cassandra Rios, longe de ser considerada uma intelectual,
aparentemente pairava acima das discussões políticas. Em meio a um intenso
conflito de idéias, ela agradava imensamente a um público médio, vendendo
cerca de 300.000 exemplares por ano.
Com o AI-5 [2], essas questões vão ser
colocadas de lado, pois o governo passou a tratar
quem a ele se opunha da mesma maneira violenta. A grande questão
passa a ser uma só: a censura. Nesse contexto, a obra
de Cassandra não passou despercebida pelos censores da Revolução. Segundo
o trabalho de pesquisa realizado e publicado por Creuza
Berg sobre a censura nos anos de chumbo, foram estudados documentos levantados
no período entre os anos 1964 e 1984, dos quais cerca
de 30% eram trabalhos vetados por “atentado à moral e aos bons costumes”.
Entre os assuntos atentatórios está o “homossexualismo”, que era classificado
pela censura como atentado à moral (Berg, 2002:17-18).
Apesar de perseguida pela censura, presa
e impedida de trabalhar (Guelpa:2004), Cassandra continuou
a publicar sob outros pseudônimos.
Ao investigarmos os textos de Rios de maneira mais aprofundada,
podemos perceber uma crítica corrosiva ao sistema hetero-patriarcal-falocêntrico
(a própria voz do pai – leia-se, do poder constituído),
que desestabilizaria, desestruturaria qualquer vestígio
de certeza a respeito de conceitos firme e previamente estabelecidos.
Ela opera com o mesmo instrumental dos tropicalistas a partir
do momento em que se apropria de um modelo de “cultura
de massa”, no caso uma narrativa linear repleta de sexo,
bem ao gosto popular, para subverter
o modelo vigente de comportamento feminino.
Os intelectuais, por um lado, apontam a tortura física
sofrida pelos presos políticos nas prisões, utilizando textos com características
de relato jornalístico, modelo este que serve como uma
“compensação simbólica, tanto para os leitores, sem acesso
à livre informação, quanto para os próprios autores-repórteres,
amordaçados pela censura” (Sussekind, 1984: 177). Cassandra, por outro
lado, vai apontar a “tortura moral” sofrida por suas
personagens ao desobedecerem aos códigos morais de comportamento social.
Apesar de ter permanecido longe dos
bancos das universidades brasileiras e das correntes compostas por intelectuais
dotados de profunda formação filosófica, Rios desenvolveu importante papel
na crítica social feminista.
O Prof. Dr. Rick Santos, da Universidade Estadual
de Nova York (SUNY) está organizando o relançamento de seus livros na
Coleção Cassandra Rios, pela editora Brasiliense. Desta vez, contudo,
seus livros serão vistos sob uma nova ótica, pois estudos
acadêmicos vêm levantando o véu de preconceito que recobria
a obra de Cassandra, revelando o fascinante trabalho
da autora. Santos, em trabalho apresentado em Lisboa
no ano de 2003, afirma:
É evidente que o texto/discurso produzido por Rios não
é, de nenhuma forma, uma zona ‘neutra’
entre o discurso do “Pai” e o seu (de mulher, lésbica,
latina, escritora sob um regime de ditadura militar).
Portanto, a língua/texto criado pela escritora lésbica
para falar o proibido é, além de transgressor
e questionador, anti-canônico e de resistência.
Ao unir esses elementos, a autora faz da língua um locus
disruptível e volátil que transgride, “perturba” e põe em cheque a lógica
e a legitimidade do discurso falocrático. (Santos, 2003:7)
“Por sua ousadia, esta autora foi severamente
punida e rejeitada tanto pelo então conservador governo
de ditadura quanto pela academia, composta em grande maioria por homens
heteros, que não entendia seu discurso de resistência
velada.”. (Santos, 2003:3) Se, em uma leitura superficial podemos pensar
que Cassandra opera com os discursos estabelecidos pela sociedade
de sua época, compactuando com os mesmos, em uma análise
mais aprofundada, podemos perceber que seu estilo
tende a “imitar” (parodiar?)
os conceitos machistas/falocráticos que, na verdade,
ela questiona e transgride. Pois, como técnica de transgressão,
a autora elabora um texto de “mímica,” pela frinja do perfeito disfarce,
o que é obviamente uma tática discursiva que implica na “imitação” dos
conceitos e valores heterofalocráticos. Seu texto requer uma leitura da
diferença que sua performance cria: será mesmo que a voz heterofalocrática
do “Pai” ecoa na voz dessa “profeta maldita” ? Ou, será que Rios passa
a ocupar a voz “Dele” e ao fazê-lo, passa, assim, a inscreVER
sua própria voz na “voz do Pai”? Porém, ao mesmo tempo em que ela é capaz
de posicionar-se “dentro” do espaço ocupado por “Ele”, não estaria ela,
simultaneamente, “fora” desse espaço (uma vez que o sistema falocêntrico
não comporta uma posição de sujeito enunciador para
mulheres)? (Santos, 2003:6)
Tessa, a gata (Rios:1968), trata de uma
secretária lésbica, Débora, que, sem conseguir
esquecer Tessa, seu primeiro grande
amor da adolescência, amor impossível uma vez que Tessa era mulher e casada,
acaba sendo seduzida por Roberta, a misteriosa mulher de seu chefe,
Dr. Raul. No final da trama Roberta, que Débora descobre estar
envolvida com drogas, mata o marido. Para
complicar a trama, Tessa reaparece, e então se sabe que
esta é irmã de Roberta.
Em Eu sou uma lésbica
(Rios:1981), a personagem principal, Flávia, é apaixonada
desde menina pela linda vizinha, Kênia. Quando esta se muda para
longe, resta-lhe apenas uma sandália de lembrança, que
vira um fetiche para Flávia. Após fortes
experiências homossexuais na adolescência, reencontra seu amor. Lembra-se
por fim que foi, involuntariamente, em seu ciúme inocente, mas ao mesmo
tempo destruidor, a causadora da morte do marido de Kênia.
Segundo Foucault (1986:125-6), “Em qualquer sociedade,
o corpo está preso no interior de poderes muito apertados,
que lhe impõem limitações, proibições ou obrigações”. Indivíduos pertencentes
à sociedade dos anos 60 e 70, estas protagonistas de
Cassandra demonstram o fardo das limitações e proibições que carregam.
Débora, por exemplo, tem a consciência de que sua aparência difere das
outras mulheres e teme ser considerada anormal (Rios,
1968:27). E quando seus familiares descobrem sua homossexualidade,
mandam-na para longe, achando que ela era uma vergonha
(Rios, 1968:26). Quanto a Flávia, diz que sentia que não podia demonstrar
suas emoções e preferia passar despercebida para
não se tornar alvo de chacotas (Rios, 1981:12-3). “Eu
sabia bem o que pensavam e falavam de gente como eu”
(Rios, 1981:51).
Flávia e Débora são personagens de seu tempo, com seus
questionamentos, seus medos e preconceitos internalizados, com as limitações
impostas a seu gênero. Personagens urbanas, inseridas no contexto urbano,
são mulheres que pensam em sua condição lésbica. E, ao
mesmo tempo em que encerra estas reservas em Débora e Flávia, Cassandra
as desenha felizes e íntegras em sua sexualidade.
“Não me considero anormal. Nunca me considerei
assim”, afirma Débora, ao contar sua história (Rios,
1968:27).
As personagens Débora e Flávia “resistem” à idéia de que
a lésbica é feia, masculina, e que não são atraentes
aos olhos masculinos. Débora capta os olhares de desejo dos homens, tanto
quanto das mulheres. Flávia tem um apaixonado, Fábio, que não se conforma
em vê-la aproximando-se de uma mulher.
No entanto também reconhecemos a voz social através de
Flávia, a lesbofobia existente entre as próprias lésbicas, muitas vezes
impelidas pelas circunstâncias à estereotipia de gênero.
As representações físicas e psicológicas de Flávia e Débora
na narrativa de Rios marcam claramente os aspectos que queremos reiterar:
o pioneirismo de Cassandra Rios e sua luta intencional pelo
direito à existência ficcional das lésbicas como protagonistas, não como
simples figurantes de uma história - e porque não sua existência também
fora da ficção, uma vez que a própria Cassandra era lésbica
assumida? (Guelpa, 2004; Santos, 2000:6). Seus textos, escritos sob os
tacões homofóbicos da rígida censura militar, do desprezo
da militância de esquerda e da repressão da sociedade
patriarcal brasileira, forneceram um novo paradigma para
mulheres que, como Flávia, Débora, e tantas outras personagens de Cassandra,
sentem desejo por outras mulheres.
De acordo com Anatol Rosenfeld (1995:35-6), as personagens,
na obra literária, interagem em um contexto religioso, moral, político
e social, e aí se debatem em conflitos. É na ficção que o leitor vai distanciar-se
de si mesmo e aproximar-se da realidade. Em conflito
com a sociedade falocêntrica, as personagens de Cassandra
despertam o interesse do leitor, abalando as crenças preconcebidas da
heteronormatividade.
Segundo Antônio Cândido (1995:53-80), o romance se baseia
em uma relação entre o ser vivo e o fictício, manifestada
através da personagem. O enredo existe através
das personagens; as personagens vivem no enredo e essa
ligação exprime as intenções do romance, a visão da vida que decorre dele,
os significados e valores que carrega. Argumentamos que, em Cassandra,
essa interação entre ficção e realidade, aliada à importância
de sua temática é que dá a força que encontramos em sua narrativa.
Alfredo Bosi (2002:120) diz que a arte
pode escolher “tudo quanto a ideologia dominante esquece,
evita ou repele”. Dessa maneira o escritor “resiste” e luta contra os
valores que não aceita como seus. Sendo a temática de Cassandra tabu naqueles
anos de forte conservadorismo e de censura,
fica em evidência sua recusa em aceitar os valores
em voga, tratando de representar tipos do cotidiano,
que a sociedade da época procurava ignorar
ou esconder embaixo do tapete. Drogas,
homossexualidade, prostituição,
tráfico de influências, classe média
e classe abastada problemáticas e decadentes, destes
temas tratam os romances de Rios.
A ideologia dominante buscou esquecer,
evitar e repelir o homoerotismo. A
sociedade heteronormativa e a censura imposta pelo
regime militar repeliram os textos de
Cassandra, tentando apagá-los, diminuindo sua importância e sua influência
ao chamar sua obra de paraliteratura, subliteratura e
literatura pornográfica (Revista TPM:2001). Não obstante,
Jorge Amado (Diário de Pernambuco:1978) e Richard Llewellyn (Última Hora:1965)
são unânimes ao considerá-la inovadora e profissional. “O escritor inglês
afirma que a obra da brasileira traz marca do grande autor, que coloca
em palavras o que o coração dita, à luz da experiência pessoal”, diz a
matéria do Última Hora.
Rick Santos (2000:6) afirma em sua tese que a elite literária
foi incapaz de compreender a maneira explícita de “resistência
camuflada” de Cassandra e não a brindou com crítica ou valor literário[1].
O “esquecimento” da obra de Cassandra se deu pelo
fato dela ser mulher, lésbica e pioneira
em tal linguagem e tal temática[2],
fato este confirmado pela liberação da literatura escrita
sob pseudônimo masculino, pelas entrevistas com a escritora,
pelos diversos processos sofridos por ela. A sociedade
de maneira geral, incluídos os intelectuais, não a perdoou.
“A resistência”, diz Bosi (2002:124),
“é um movimento interno ao foco narrativo, uma luz que ilumina o nó inextricável
que ata o sujeito ao seu contexto existencial e histórico.
Momento negativo de um processo dialético no qual o sujeito,
em vez de reproduzir mecanicamente o esquema
das interações onde se insere, dá um salto para uma posição
de distância e, deste ângulo, se vê a si mesmo e reconhece e põe em crise
os laços apertados que o prendem à teia das instituições”. Defendemos
aqui neste trabalho que a escrita resistente constrói
as personagens de Cassandra.
Há, por fim, valores conservadores em seus romances, como
as relações monogâmicas, por exemplo. E não poderia ser
diferente, pois Odete Rios era conservadora e isso transpareceu
de alguma forma na escrita de Cassandra. Só que o amor
eterno de Cassandra se dá, contrariando os valores heteronormativos, entre
mulheres.
Mas esse discurso de subversão à ordem hetero-patriarcal
não foi aceito. Como poderia a censura dos anos de chumbo aceitar
tal enfrentamento? Débora e Flávia não poderiam vencer
no final.
REFERÊNCIAS:
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Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. p. 144-164.
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[1] Tradução
de Maria Isabel de Castro Lima.
[2] Guelpa, Márcia Yáskara. Publicação eletrônica [mensagem pessoal],
recebida em 21 de maio de 2004: “Cassandra era assumida. Vivia em festas
e só usava roupas masculinas. Apenas durante um tempo ficou mais feminina,
mas foi uma fase que, rapidamente, passou. (...) A Odete era recatada
e arisca. Vivia quieta. Tinha medo de respirar o ar daqueles anos de
chumbo. A Cassandra era terrível, irreverente e determinada.”

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